Avião ficará R$ 50 mi mais caro com tarifa, e pode custar empregos
Nenhum outro país seria capaz de absorver os aviões encomendados pelos EUA. “Não há como remanejar encomendas de clientes norte-americanos para outros mercados”, disse. “Avião não é commodity.”
[Podemos] cancelar pedidos, revisar plano de produção, de investimentos e possível ajuste do quadro de funcionários, similar ao da covid.
Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer
Embora “até agora” nenhum pedido de cancelamento tenha sido feito, a empresa se preparara para o pior. “O que pode acontecer: clientes da aviação comercial não quererem receber os aviões porque o valor é muito elevado e impactaria o negocio deles. Temos de negociar, mas se falarem que não querem mais receber, não poderemos produzir avião sem clientes. Talvez a gente precise desacelerar a produção”, afirmou o executivo.
Para Neto, a tarifa de 50% é praticamente um “embargo”. “50% de alíquota é quase um embargo para qualquer empresa. Ele dificulta ou inviabiliza as exportações para qualquer país. E para avião é mais impactante devido ao alto valor agregado”, disse.
Diria que o jato E1 fica inviabilizado. Dificilmente uma companhia vai querer pagar uma tarifa desse montante.
Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer
Negociações
Apesar das tensões, o executivo espera que as negociações avancem. Neto mencionou o acordo americano com o Reino Unido, que zerou a alíquota que era de 10%. “Esse exemplo fica como uma boa base para o Brasil também”, disse ele.
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