A ameaça de subir as tarifas foi interpretada por investidores como um agravamento nas relações comerciais entre os dois países e aumentou a percepção de risco em relação à economia brasileira.
Já o fundo iShares MSCI Brazil (EWZ), principal ETF de ações brasileiras negociado em Nova York, acumulou queda de 3,5% ao longo do dia, somando o tombo de 1,9% no pregão regular à desvalorização adicional de 1,6% no afterhours (negociações pós-mercado).
Papéis de empresas exportadoras foram penalizados. As ações da Embraer, cujos aviões compõem parcela relevante das exportações brasileiras para os EUA, caíram até 9% após o fechamento regular da NYSE. Mas recuperaram-se parcialmente e enfrentavam um encolhimento de 4% nas negociações depois do pregão regular.
O movimento ampliou a tensão em torno do real impacto das tarifas, que, segundo analistas, podem atingir setores como siderurgia, aeroespacial e máquinas pesadas.
Risco-país
Principal termômetro do risco-país no mercado internacional, O CDS (Credit Default Swap) de 5 anos do Brasil teve um salto de 3,19% nesta quarta, 143,81 pontos-base, também refletindo o aumento da percepção de risco por parte dos investidores em meio ao anúncio de novas tarifas contra as exportações brasileiras.
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