“Tarifaço” impacta no valor da cripto lá fora, enquanto instabilidade do dólar ajuda a elevar o preço no Brasil. Segundo André Franco, presidente da consultoria Boost Research, os mercados globais iniciaram a semana em leve queda após o presidente Trump anunciar tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e do México. “Os futuros dos principais índices americanos recuaram, enquanto o dólar se fortaleceu frente ao euro, iene e peso”, afirma. No mercado internacional, 1 BTC chegou a valer até US$ 122 mil. “Este ativo agora se tornou como um grande colchão de reserva de valor e liquidez fora do Estado-nação, e que é impactada por quaisquer falas ou atitudes”, pondera Matheus Medeiros, CEO da Futokens.
Decisões sobre criptomoedas nos Estados Unidos também podem pesar a favor do Bitcoin. O Congresso americano deve analisar três projetos de lei: uma que cria uma estrutura regulatória para criptomoedas; outra que regulariza tokens atrelados ao dólar e outras moedas fiduciárias; e a Lei que proíbe os bancos do Fed (Federal Reserve, o Banco Central de lá) de emitir moedas digitais de banco central para pessoas físicas. “Outro ponto é o otimismo com a possibilidade corte de juros nos EUA”, acrescenta Luis Molla Veloso, head de produtos da Vindi, vertical de serviços financeiros da Locaweb.
Segurança para proteger o patrimônio é fator que pesa a favor. Matheus Medeiros, CEO da Futokens, acredita que o Bitcoin —que foi a primeira criptomoeda criada— é uma opção estável para os investidores que querem proteger o patrimônio diante de uma instabilidade grande, causada pelas guerras (comerciais ou não). “Isso faz com que ele seja uma alternativa em países com regimes autoritários ou instituições financeiras instáveis. Também há a facilidade de acesso com poucos recursos físicos”, aponta.
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