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Boticário quer acelerar negócio de mulheres, negros, LGBTQIA+ e PCDs

Boticário quer acelerar negócio de mulheres, negros, LGBTQIA+ e PCDs


Os escolhidos terão acesso, entre setembro de 2025 e março de 2026, a um ciclo de capacitação. O acompanhamento inclui mentorias com especialistas do Boticário e Sebrae, assim como workshops e trilhas formativas com foco em gestão, inovação e acesso a crédito. As inscrições foram abertas nesta sexta-feira (30) e poderão ser realizadas até 20 de junho por meio do site do programa.

Diversidade para destravar novos negócios

A iniciativa parte de um diagnóstico claro: embora representem parcela significativa da população, esses grupos ainda enfrentam barreiras para empreender com competitividade no Brasil. “Se o cenário já é desafiador para todos os brasileiros, imagine para aqueles brasileiros que já largam um pouco atrás por conta de marcadores sociais importantes”, observa o gerente sênior de ESG Diversidade e Inclusão do grupo Boticário, Rony Santos.

Hoje, o acesso ao crédito, fomento, desenvolvimento de produtos, e, depois à abertura do mercado, porque não basta só ter o acesso ao crédito, o produto precisa estar com o mercado aberto, tudo isso fica muito mais difícil se você pertence ao grupo de diversidade, então o desafio é imenso
Rony Santos, gerente sênior de ESG Diversidade e Inclusão (D&I) do grupo Boticário e professor universitário

No caso das mulheres, embora sejam mais da metade da população, elas ainda não são maioria no empreendedorismo. O número de empreendedoras vem aumentando e chegou a ser 42% maior em 2024 em relação a 2012, primeiro ano do estudo feito pelo Sebrae e IBGE. Mas elas representam 34,1% do total que vivem da renda obtida pelo próprio negócio e ganhavam, em média, R$ 2.867 – valor 24,4% mais baixo do que os homens.

Desigualdade na formalização. A diferença era ainda maior entre mulheres pardas e pretas. A renda delas é de cerca de R$ 2 mil, conforme dados do Instituto Rede Mulher Empreendedora. Entre 2013 e 2023, o número de empreendedores negros no Brasil cresceu 22%, superando o crescimento de donos brancos, de 18%. Mas a proporção de empresários com CNPJ, de acordo com dados do Sebrae ainda era de 18,6 pontos percentuais maior entre os empreendedores brancos do que em relação aos pretos e pardos.



Fonte: UOL

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