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Como o plano de Haddad impacta mercado de financiamento privado no país


As debêntures seguem como principal instrumento de captação, com R$ 155,5 bilhões emitidos — recuo de 3,2% — com destinação majoritária para projetos de infraestrutura, setor que pode ser diretamente impactado pela proposta do governo de tributar investimentos até então isentos.

A proposta do Ministério da Fazenda prevê a aplicação de uma alíquota de 5% de IR (Imposto de Renda) sobre rendimentos hoje livres de tributação para pessoas físicas. Na prática, o governo mira debêntures incentivadas, CRIs, CRAs, FIIs e Fiagros – instrumentos que têm sido essenciais para financiar infraestrutura, agronegócio e o setor imobiliário por meio do mercado de capitais.

Fiagros, por exemplo, captaram R$ 1,7 bilhão no período (+30,9%), enquanto os fundos imobiliários somaram R$ 13 bilhões (-44,3%). O objetivo oficial é ampliar a arrecadação e corrigir distorções tributárias, segundo a justificativa do governo. Participantes do mercado, que são críticos da medida, alertam que a mudança pode comprometer a atratividade desses produtos e frear o fluxo de recursos privados para setores importantes da economia.

Debêntures

  • O que são: Título de dívida emitido por empresas para captar recursos diretamente com investidores, usado para financiar projetos, refinanciar passivos ou reforçar o caixa. Incluem as debêntures incentivadas, voltadas a infraestrutura, que têm isenção de IR para PF.
  • Quanto foi lançado em 2025: R$ 155,5 bilhões
  • Variação vs. 2024: Queda de 3,2%
  • O governo quer taxar? Sim, o pacote de Haddad propõe aplicar 5% de IR sobre os rendimentos das debêntures incentivadas, hoje isentas.

Notas comerciais

  • O que são: Título de crédito de curto prazo, com emissão mais simples e menos burocrática, voltado principalmente a pequenas e médias empresas.
  • Quanto foi lançado em 2025: R$ 10,7 bilhões
  • Variação vs. 2024: alta de 41,5%
  • O governo quer taxar? Não, o regime atual de tributação segue aplicável conforme o prazo da aplicação e tipo de investidor, sem proposta de mudança anunciada.



Fonte: UOL

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