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Consignado privado evita que o trabalhador caia no rotativo do cartão

Consignado privado evita que o trabalhador caia no rotativo do cartão


“Começamos cautelosos, testando modelos com dez tipos de públicos diferentes. Quando os modelos estiverem afinados, vamos escalar”, diz o CEO do Neon, Fernando Miranda.

O programa vem sendo implementado em fases. Foi só a partir de 25 de abril que passou a ser possível a substituição de dívida cara por uma barata dentro da mesma instituição, quando o canal próprio dos bancos foi liberado. No início, as simulações só podiam ser feitas dentro do aplicativo da carteira digital de trabalho.

Já a portabilidade de dívidas entre instituições começou no dia 6 de maio, permitindo que um cliente com um empréstimo pessoal pudesse converter a dívida para um consignado privado de outra instituição de forma automática. A partir de junho, será liberada a portabilidade entre créditos consignados privados de diferentes instituições. A partir de julho, as garantias do FGTS passam a ser liberadas.

“A substituição de dívida cara por mais barata é parte da regra do programa. Mas na medida em que ele vai abrindo, não se pode descartar que vá haver também acúmulo de dívida, considerando que os volumes que se vislumbram são 10 vezes maiores do que o atual”, diz Lauro Gonzalez, professor e coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo.

Gonzalez vê espaço para uma redução mais agressiva das taxas de juros do programa a partir de julho, com a liberação das garantias do FGTS. “A implementação é complexa, mas se funcionar bem, o risco se altera. Tem muita instituição atuando de forma mais agressiva. Acredito que temos um cenário para uma queda mais expressiva. Uma taxa de 2,8% não chega a ser tão baixa. Equivale a 39% ao ano”, diz.

Em nota, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, diz que monitora os juros diariamente. “Queremos baixar ainda mais as taxas de juros, mas entendemos que os bancos ainda estão em fase de implantação”, diz Marinho, que acredita a portabilidade e a liberação das garantias vão levar a uma queda nas taxas.



Fonte: UOL

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