Dá para pagar o aluguel com Petrobras? Fizemos a conta com dividendos
Segundo o estudo da Elos Ayta, com nove trimestres analisados desde 2023, os maiores pagamentos da Petrobras ao governo ocorreram no 2° trimestre de 2024, quando a estatal desembolsou R$ 37,6 bilhões e pingou para a União R$ 10,77 bilhões, recorde do período.
Na segunda posição está o 4° trimestre de 2024, com R$ 32,95 bilhões pagos pela empresa e R$ 9,45 bilhões destinados ao governo.
Segundo Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta, a queda de repasses da Petrobras para o governo em um ano marcado por incertezas fiscais e pressão sobre as contas públicas e prestes a iniciar um ano eleitoral, acendem um alerta para a União que historicamente depende muito desses recursos para reforçar seu caixa.
Por outro lado, há alguns analistas ainda otimistas, que acreditam que a geração de caixa dos próximos anos vai favorecer mais o governo do que o próprio investidor. É o que defende Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital.
Queiroz cita o ponto de equilíbrio da Petrobras para continuar operando de forma saudável, com petróleo em US$ 28. E ainda defende que esse preço de equilíbrio vai cair nos próximos anos com a entrada de novos poços do pré-sal. “Com o desinvestimento, pode chegar a um valor de um dígito”, diz. Com petróleo acima de US$ 60, parece que ainda há esperança.
Será que a relação entre a Petrobras e o governo também está ficando morna e rotineira? Se você quer saber o que esperar dos dividendos regulares e extraordinários da Petrobras, contei tudo nesta coluna. Petrobras e investidores: quando a relação esfria, mas ninguém vai embora.
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