Dupla presa em SP teria ficado rica com gatonets e falsos concursos
Kaique Minoro Gualter Pires e Lucas Luciano dos Santos obtinham, segundo a polícia, R$ 40 milhões por mês com todas as operações criminosas; polícia achou dois carros de luxo com eles. Eles são donos de uma fintech chamada Ghostspay, que ofereciam taxas menores para operações, mas que também, na versão da polícia, seria usada por eles para burlar o sistema financeiro internacional e dificultar a identificação das fraudes. O site oficial da empresa deverá sair do ar a pedido da polícia, que também entrará com a desconstituição desta e de outras empresas dos suspeitos.
Polícia acha que a dupla presa é parte de um esquema maior de pirataria. “Acreditamos que eles sejam intermediários”, disse Bento.
Outro lado
Erick Cordeiro dos Santos, advogado de defesa de Kaique Pires e Lucas dos Santos, nega que eles sejam autores dos crimes. Ele afirma que a juíza emitiu apenas um mandado de busca e apreensão contra eles para averiguar as denúncias de fraudes em concursos públicos que implicaram a Ghostspay. A polícia decidiu pela prisão deles ao encontrar a central de pirataria, mas o imóvel onde ela funcionava é um coworking, do qual eles não são proprietários. Por isso, não teriam conhecimento dos equipamentos encontrados.
Sobre as fraudes envolvendo concursos, o advogado diz que a empresa da dupla é só uma facilitadora de pagamentos. Os delitos, diz, teriam sido cometidos por terceiros mal-intencionados ainda não identificados usando a plataforma. “Isso pode ocorrer com qualquer empresa de pagamentos”, diz.
* Também colaborou Guilherme Tagiaroli
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