A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de aumentar a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, correspondeu às expectativas do mercado. Mas a maioria dos especialistas esparava que esta seria a última alta do ano. Após o comunicado do BC sobre a decisão de hoje deixar em aberto medidas futuras, analistas consultados pelo UOL dizem que o fim do ciclo de elevação deve vir na próxima reunião do comitê, em junho.
É o fim do ciclo de altas?
Expectativas dos analistas agora variam entre mais uma alta de 0,25 ponto percentual e a manutenção da taxa em 14,75% ao ano na próxima reunião. “O BC deixou a porta aberta para receber novos dados, acompanhar a volatilidade internacional. E aí, na próxima reunião, ele decide se, de fato, já parou por aqui ou se precisará dar um ajuste residual. Se vier um ajuste adicional, e seria o último, seria residual, ou seja, 25 pontos, no máximo”, diz Matheus Spiess, analista de macroeconomia da Empiricus Research.
Período de juros altos deve ser prolongado. Chamou a atenção do mercado o fato de o BC ter mencionado, no comuniado da decisão, um “período prolongado” de juros altos. Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o texto indica que “o Copom prefere observar a transmissão da política monetária à frente, mantendo os juros em patamar contracionista por um longo período”.
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