Estímulos do governo põem em xeque alta dos juros para conter inflação

Estímulos Do Governo Põem Em Xeque Alta Dos Juros Para Conter Inflação

Estímulos do governo põem em xeque alta dos juros para conter inflação


Mercado financeiro aposta em queda da taxa Selic apenas em 2026. Com a queda de braço e a desarmonia entre o governo e o BC, as perspectivas recentes apontam que o arrefecimento dos juros básicos aconteça somente na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do próximo ano.

O que aconteceu

PIB cresceu pela 15ª vez seguida na comparação com o trimestre anterior. A soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país avançou 1,4% em relação ao último trimestre do ano passado. Tal movimento confirma as expectativas do mercado financeiro e representa, ao lado do resultado de 2023, a maior variação na base de comparação para o período desde 2010 (+2,1%).

A Selic tenta frear o consumo e o aquecimento da economia. Com a elevação da taxa básica de juros a 14,75% ao ano, o maior nível desde 2006, o dinheiro fica mais caro e isso tendem a desestimular o consumo como alternativa para conter a inflação.

Agro vai bem, mas indústria e serviços patinam. Enquanto a disparada de 12,2% da agropecuária serviu de impulso para o desempenho econômico nos três primeiros meses deste ano, a produção industrial encolheu 0,1% e o volume de serviços prestados cresceu 0,3%. Há um ano, os avanços em relação ao quarto trimestre de 2023 foram de, respectivamente, 3,2%, 0,6% e 1,7%.

“O setor industrial está sendo negativamente afetado pela política monetária restritiva”, reforça Rebeca Palis, coordenadora do IBGE. A indústria de transformação (-1%) e da construção (-0,8%) “são dois setores bastante sensíveis à política monetária”, afirma Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners.



Fonte: UOL

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