Federação União-PP será a maior do Congresso
“Na eleição, teremos um gigante em termos de fundo eleitoral e montagem das chapas”, comemora o líder do PP na Câmara, deputado Luizinho. “Após quatro anos de noivado [federação], poderemos discutir sobre o casamento [fusão]”, elucubra.
O anúncio da federação está previsto para amanhã, às 15h, na Câmara, com a presença de caciques partidários, parlamentares e prefeitos. Mas ainda há um último enrosco no caminho: definir quem será o primeiro presidente da federação — Antônio Rueda, comandante do União Brasil, ou Arthur Lira, ex-presidente da Câmara.
Haverá um rodízio na presidência, que pode durar de seis meses a dois anos. É o que está sendo decidido em uma série de reuniões hoje. Apesar de a presidência da federação ser basicamente um cargo de “honra”, como me definiu um aliado, “as vaidades humanas são complicadas”.
Na prática, o que importa é a presidência de cada partido. O PP continuará sob batuta de Ciro Nogueira, e o União, de Rueda. Assim como cada um manterá seus líderes partidários, podendo votar em bloco ou de forma separada. O que a federação exige é que atuem em conjunto nas chapas eleitorais em 2026.
Ainda há conflitos em alguns estados, como Paraíba — em que o senador Efraim Filho (União) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) disputam espaço — ou no Paraná, com Sérgio Moro (União) de um lado e Ricardo Barros (PP), do outro. Há disputas locais também em Roraima, Rondônia, Pernambuco e Alagoas. Mas as divergências estão sendo dirimidas. A federação tem apoio da maioria.
O deputado Mendonça Filho, do União, tem posição crítica. “A experiência da fusão entre DEM e PSL ainda não foi digerida. Foi tudo muito traumático, com querelas, dificuldades. O estilo de governança no âmbito do DEM tinha muito mais abertura em termos de discussão. Era um partido mais orgânico ideológica e politicamente. Fomos oposição ao governo do PT durante 13 anos. Já o PP foi governo, próximo ao PT até o impeachment”, pondera.
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