Já os designs das roupas atraem apoio muito além da comunidade indígena, de acordo com as organizadoras e o Podáali.
O fundo Podáali, lançado em 2019 pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), faz parte de um conjunto crescente de instituições financeiras ligadas a entidades políticas de comunidades indígenas e outras comunidades locais.
O movimento vem ganhando força desde 2021, quando a ONG ambiental Rainforest Foundation Norway publicou um relatório mostrando que, na década anterior, apenas 1% do financiamento global para mitigação e adaptação climática havia sido direcionado a essas populações.
Nas negociações climáticas da COP26 da ONU em Glasgow naquele ano, países ricos e instituições filantrópicas se comprometeram a aumentar o financiamento para povos indígenas e outras comunidades que possuem direitos à terra em áreas com natureza preservada.
De acordo com dados da Rights and Resources Initiative, uma coalizão global para promoção de direitos à terra, US$ 2,22 bilhões foram desembolsados para que essas comunidades pudessem proteger e gerir a terra entre 2021 e 2024 – 38% a mais do que nos quatro anos anteriores, mas ainda uma pequena quantia em comparação com o total global.
“Há entidades que… não querem romper com posturas ‘colonialistas'”, e marginalizam investimentos em comunidades indígenas e outras comunidades locais, disse Juan Carlos Jintiach, secretário executivo da GATC (Aliança Global das Comunidades Territoriais).
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