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O que o governo brasileiro pode fazer para driblar ‘tarifaço de Trump’

O que o governo brasileiro pode fazer para driblar 'tarifaço de Trump'


Governo diverge sobre adoção da reciprocidade contra os EUA. Ainda que Lula se manifeste a favor do uso da lei como forma de retaliação, membros do Planalto avaliam a alternativa deve ser acionada somente “em último caso”. Até lá, a defesa majoritária é pela manutenção da articulação diplomática.

Fernando Haddad descarta pagamento “na mesma moeda”. O ministro da Fazenda afirma que a aplicação de tarifas unilaterais não está entre os mecanismos articulados pelo governo. “Não podemos pagar na mesma moeda uma coisa que consideramos injusta”, disse ele.

Todo e qualquer cidadão será tratado com a mesma dignidade e as empresas que têm relações, às vezes centenárias com o Brasil, vão ser tratadas com a dignidade que merecem.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Haddad revela que governo estuda plano de contingência. Na mesma entrevista, o ministro destacou a elaboração de um plano para limitar os efeitos do tarifaço com diferentes instrumentos da política econômica. “O plano de contingência somos obrigados a fazer. É uma situação emergencial que não se previa”, disse ele. “Pode ser que tenhamos que recorrer a instrumentos de apoio a setores que injustamente estão sendo afetados”, reforçou.

Quebra de patentes norte-americanas seria outra forma de retaliação. A medida, prevista pela Lei da reciprocidade, autoriza o Brasil a fabricar produtos similares aos criados pelos norte-americanos, sem a necessidade de pagar pelos direitos de propriedade. A decisão atingiria, principalmente, os segmentos farmacêutico e de tecnologia.

Taxação das empresas de tecnologia pode entrar no radar do governo. O aumento de impostos e corte de benefícios das gigantes do Vale do Silício também aparecem como possível opção de retaliação. As chamadas “big techs” viraram alvo da regulamentação no STF (Supremo Tribunal Federal), movimento que desagrada Trump. “A gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas digitais americanas. Não aceitamos, em nome da liberdade de expressão, você ficar utilizando [as redes sociais] para fazer agressão, para contar mentira e prejudicar”, disse Lula na semana passada.



Fonte: UOL

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