O investidor que tem o costume de monitorar a Vale (VALE3) já sabe que há alguns fatores que impactam diretamente a cotação da ação, como o preço do minério de ferro, o quanto a empresa está produzindo e o patamar do dólar, por exemplo. No entanto, há um outro ponto fundamental para a companhia que nem sempre está no radar de todos os analistas e investidores.
Um ponto-chave para a VALE3 é algo que não está em seu balanço, mas que representa um risco estrutural: a falta de resiliência da sua cadeia de suprimentos frente a eventos climáticos extremos e desastres naturais.
“Trata-se de uma variável de difícil precificação, mas que carrega alto impacto, como vimos nas tragédias de Mariana e Brumadinho. A estrutura logística da Vale envolve minas, ferrovias, barragens, centros de armazenamento e transporte marítimo. Qualquer interrupção relevante nesses pontos pode provocar perdas operacionais severas e desvalorização do papel”, alerta Ruam Oliveira, especialista em investimentos CEA e planejador financeiro.
Por isso, para ficar por dentro desse tema, Oliveira recomenda que o investidor acompanhe relatórios de integridade de ativos, atualizações sobre licenciamento ambiental e medidas de prevenção contra desastres.
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