Banco Central faz serviço que governo não fez

Banco Central Faz Serviço Que Governo Não Fez

Banco Central faz serviço que governo não fez


Já Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, diz que dependerá do cenário à frente. “Se o cenário de inflação melhorar, eles mudariam de posição. Não está certo que vai ficar em 15% o ano inteiro. Pode começar a cair antes”, resume.

Roberto Padovani, economista-chefe do BV, elenca quatro sinais importantes no comunicado. “O BC mostrou cautela subindo a taxa de juros. No balanço de riscos, ressaltou a inflação corrente, câmbio e expectativa de inflação como justificativas para a alta, avisou que agora para de subir para aguardar os efeitos do ciclo de aperto. E, se não funcionar, retoma alta dos juros. O objetivo é claramente desacelerar a atividade econômica e fazer inflação convergir para o centro da meta”.

Já Gabriel Redivo, Economista da Aware Investment, nota que a decisão reflete a preocupação com o cenário fiscal e a volatilidade do câmbio. “O BC preferiu ganhar tempo e preservar credibilidade.” Enquanto o governo perde credibilidade, o Banco Central trabalha para manter a dele.

No front político, até aqui Galipolo havia sido poupado de críticas de Lula e do PT. Mas a saraivada começou.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, postou nas redes sociais: “A taxa de 15% é indecente, proibitiva e desestimula investimentos produtivos… Falam muito de ajuste fiscal e da dívida pública. Mas o crescimento da dívida não vem dos programas sociais com saúde ou educação — vem do pagamento de juros”.

Parece que o PT vai eleger um novo bode expiatório.



Fonte: UOL

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