Ninguém no Congresso quer cortar gastos
As fintechs, que também foram alvejadas, igualmente disseram que a maior tributação significará crédito mais caro na ponta para o consumidor e para as empresas. Já as bets responderam que já pagam impostos pesadíssimos e isso vai fortalecer o mercado ilegal de apostas. Quase ninguém está feliz.
Amanda Klein
A Fazenda recuou no IOF, mas manteve a estratégia de ajuste pelo lado da receita, observa Amanda Klein. Segundo a apresentadora apurou, o ministério agora mira serviços financeiros e tenta negociar medidas estruturais, como mudanças no Fundeb e no acesso ao BPC.
O Ministério da Fazenda mudou o alvo, mas não a estratégia do ajuste fiscal que continua sendo pelo lado da receita. Trocou a tributação pesada sobre o IOF por outra mais pulverizada, que mira vários serviços financeiros, aplicações e gerou a grita de setores poderosos como o agro e o imobiliário.
O debate de ajuste mais estrutural até foi colocado sobre a mesa, mas por enquanto sem nenhuma proposta específica do governo. A Fazenda apresentou uma planilha mostrando que os gastos com BPC e Fundeb, por exemplo, são insustentáveis.
O que o ministro Haddad quer, segundo o secretário da Fazenda com quem conversei ontem, é colocar uma escadinha mais leve, com mais tempo, para a contribuição do Fundeb, que chegará a 23% no ano que vem, e instituir regras mais rígidas para ter acesso ao BPC.
Amanda Klein
Para a apresentadora, a avaliação política sobre o ajuste fiscal divide tanto a esquerda quanto a direita e ajuda a explicar a paralisia nas decisões do governo.
Share this content:
Publicar comentário